domingo, 10 de julho de 2011

Férias!

Oi gente! E aí, como vocês estão? Peço desculpas pela falta de posts nos últimos dias, eu estava meio na correria porque fiz 18 anos recentemente, aí tive que ir na auto escola, no Ciretran, depois fui fazer os exames médico e psicotécnico, e quinta-feira fui no CFC pra marcar as aulas teóricas, sem falar na montanha de coisas do cursinho pra fazer e, claro, no ballet.
A boa notícia: estou de férias do cursinho (finalmente)! Vou ter que dar uma estudada nessas férias, por umas lições em dia, mas sem muito drama, vou procurar descansar bastante também afinal o segundo semestre não vai ser nada fácil: vestibular, aulas práticas na auto escola e os ensaios da Bela Adormecida. Ufa! Cansa só de pensar.
A parte ruim: estou de férias do ballet também. Poxa vida! Mas como disse o Andy, meu amigo e meu partner de coração ("Giselle" que nos aguarde!), vão ser "três semanas de muito alongamento" pra não perder o ritmo pros ensaios da Bela Adormecida, porque a Sil disse que não vai ser nada fácil. Que medo!
A última aula de ballet foi bem legal, fizemos barra normalmente e depois de uns dois ou três exercícios no centro nós colocamos a ponta, e a Sil passou pra gente a variação da Gulnare no pas-de-deux da escrava e o mercador ou pas d'esclave, de "O Corsário", uma versão mais ou menos parecida com essa aqui:
Gente do céu, que difícil! Quer dizer, talvez com o tempo e bastante prática nem seja tão difícil, é que ela requer bastante agilidade em alguns momentos. Teve uma outra aula, já há um bom tempo, em que ela passou pra gente a variação da Prece, de "Coppelia", achei bem mais fácil, apesar de terem estilos razoavelmente diferentes. Apesar de que, pessoalmente, eu preferi a variação da Gulnare (=
É isso aí gente... Boas férias, bom descanso a todos! Não sei se vou conseguir postar com frequência, porque a empregada daqui de casa também tirou férias e, como minhas irmãs uma trabalha e a outra ainda está em aulas porque a faculdade é trimestral, sobra pra mim \o/ Mas vou fazer o possível!
Beijos

sexta-feira, 1 de julho de 2011

"Giselle"

Ato I
A bela Giselle vivia nos campos da Alsácia, França. No período da colheita da uva as festas atraíam os nobres para a região. O Duque Albrecht, ao ver Giselle dançar, encanta-se com a moça e decide separar-se do grupo de nobres, juntamente com um amigo seu, para fazer-se passar por camponês e tentar uma aproximação.
Giselle apaixona-se por Albrecht, acreditando que este fosse um lenhador chamado Loys, sem saber que ele é noivo da princesa Bathilde. Porém Hilarion, amigo de Giselle desde a infância e pretendente de seu amor, tenta mostrar à moça a verdadeira identidade de Loys, no entanto ela prefere acreditar na sinceridade de seu amado.
Um grande grupo de nobres chega ao lugar, dentre eles o Duque de Courland e sua filha Bathilde. Todos comem, bebem e enquanto isso Bathilde conversa animadamente com Giselle, como agradecimento aos momentos agradáveis a princesa dá à Giselle um colar de ouro.
Os nobres pedem para descansar na casa de Giselle antes de continuarem seu passeio. Enquanto isso Hilarion planeja a melhor forma de desmascarar Albrecht, decide então entrar na cabana onde o rapaz diz morar, ao chegar lá encontra a espada e as roupas de nobre.
Giselle naquele momento está muito feliz, pois acaba de ser coroada Rainha da Vindima de sua aldeia, quando Hilarion mostra-lhe a espada e as roupas ainda assim ela reluta em acreditar, mas o rapaz chama todos os nobres para fora e Bathilde logo confirma seu noivado com o Duque Albrecht. A camponesa começa a dançar desesperadamente, enlouquece com a desilusão e acaba morrendo.

Ato II Hilarion observa o tumulo de Giselle, soa meia-noite, o momento da materialização das Willis. As Willis são espíritos de moças que foram enganadas por seus noivos e morreram antes do casamento. Como vingança elas fazem dançar até a morte os homens que encontram na floresta.
Myrtha, é a Rainha das Willis, e naquele momento iniciaria Giselle em seus ritos. Hilarion é perseguido pelas almas até sua morte. Quando Albrecht leva lírios até o túmulo, Giselle aparece, mas Myrtha já havia condenado o rapaz a dançar até a morte. Giselle, ainda apaixonada, consegue poupar a vida de seu amado protegendo-o com a cruz de seu túmulo, amparando-o na dança, até a aurora, momento em que as Willis se desmaterializam.
(Fonte: www.bailarinas.kit.net)

Oi gente! E aí, que tal estão?
Bom, o post de hoje como vocês já viram é sobre Giselle, um ballet da Era do Romantismo, ou seja, da mesma época que "Iracema", "Amor de Perdição", "Lucíola" e outros. Curiosidade tirada do Vídeos de Ballet Clássico: no libreto original, Giselle comete suicídio na cena na loucura com a espada de Albrecht (que eu não coloquei nenhum título de nobreza aqui no texto porque já vi ser príncipe, conde, duque...), mas como isso chocou muito as pessoas que iam assistir na época, essa cena foi modificada e agora Giselle só tenta se matar com a espada, e morre de um ataque do coração. Igualmente romântico, igualmente trágico, infinitamente menos chocante.
Bom, eu já assisti umas quatro versões de Giselle: do Mariinsky/Kirov, de 1983; do Teatro Alla Scala, de 1996 e de 2005 e do Dutch National Ballet, de 2009, todas elas disponíveis aqui.
No geral, a versão de que eu mais gosto é a do Teatro Alla Scala de 2005, em que o casal principal fica por conta da Svetlana Zakharova e do Roberto Bolle. A atuação dele merece nota 10, aliás, um dos poucos que de fato transmite o sentimento certo do Albrecht em cada cena.



Um monte de gente sempre fala da cena da loucura da Alicia Alonso, diz que ela é a melhor Giselle de todas e tal, até um crítico disse uma vez que "Alonso nasceu para que Giselle não morra", mas eu já vi a cena da loucura da Alicia no Youtube e já vi outras e, honestamente? A Giselle louca que mais mexeu comigo foi a Alessandra Ferri. Posteriormente na carreira, Alessandra Ferri protagonizou "Giselle" outra vez, com o Roberto Bolle no papel do Albrecht - convenhamos que o ninguém merece o Massimo Murru (partner dela na montagem do Alla Scala em 1996), né? Ele precisa de umas aulas de teatro, porque a emoção foi zero. Confiram:




Na versão do Mariinsky, o que me chamou a atenção - além dos figurinos maravilhosos! - foi a idade da primeira bailarina, a Galina Mezentseva. Pra começar, ela é uma pessoa que já tem cara de mais velha. Procurei no Google e descobri que na época da montagem ela tinha 31 anos! Nada contra a idade, afinal a própria Ferri dançou até os 44, a Ana Botafogo está às voltas com os 50 e está aí, mas gente, bom senso, por favor! A técnica de todos no Mariinsky é incomparável e "Giselle" é extremamente difícil, mas é um ballet muito teatral! Ainda se ela não aparentasse a idade, mas, sério, procurem no Google, no Youtube, e me digam vocês: que tipo de pessoa olha pra Galina Mezentseva e acredita na história que ela conta, de que ela é uma jovem apaixonada e ingênua?

Hora de ir pra aula, beijos a todos e um ótimo fim de semana!